Centro RJ: Indenizações só serão pagas após definição de responsáveis
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012O pagamento das indenizações referente ao desabamento dos três prédios em guia do centro RJ (última quarta-feira), deve ser feito após levantamento do poder público que apontará os responsáveis pelo dano. A informação parte do procurador-geral da Ordem dos Advogados Brasil, seção Rio de Janeiro (OAB-RJ), Ronaldo Cramer.
De acordo com ele, parentes de pessoas que morreram no desabamento podem exigir indenizações por danos morais. “E quem perdeu patrimônio tem direito a entrar com uma ação pedindo reparação material”, explica Cramer. Mas, ele completa, as ações só podem existir a partir do momento em que houver um réu.
Segundo Ronaldo Cramer, no caso da perda de parentes, as indenizações costumam ser de R$ 200 mil, aproximadamente. Se houver perda patrimonial, o valor pago depende de quanto o autor da ação consegue documentar os investimentos feitos.
Segundo Ronaldo Cramer, no caso da perda de parentes, as indenizações costumam ser de R$ 200 mil, aproximadamente. Se houver perda patrimonial, o valor pago depende de quanto o autor da ação consegue documentar os investimentos feitos.
Limpeza
Uma operação limpeza foi iniciada ontem nas avenidas Treze de Maio e Avenida Almirante Barroso, na região onde houve o desabamento.
A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos afirma que a operação de recuperação do entorno inclui a pavimentação das calçadas em pedras portuguesas, reposição de fradinhos, tampões de bueiros e desobstrução do sistema de drenagem.
Além disso, será feita manutenção dos pontos de iluminação pública, retirada da lama, lavagem das pistas, calçadas, fachadas e placas de sinalização.
O trabalho, que conta com 50 homens da Coordenadoria de Operações Especiais, Coordenadoria Geral de Conservação, Rioluz (Companhia Municipal de Energia e Iluminação) e Comlurb, apoiados por caminhões pipa, caminhões cesto e retroescavadeiras, teve início na noite do último sábado.
“Delinquentes”
Já o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), classificou como “delinquentes” os quatro funcionários da concessionária Porto Novo, responsável pelos serviços públicos na zona portuária, suspeitos de furtar pertences das vítimas do desabamento de três prédios no centro da cidade.
“É inacreditável que alguém numa situação como essa vá roubar (aquilo é roubo) de um entulho vindo de uma tragédia como aquela. Eu vejo com muita tristeza, com uma certa raiva”, comenta Paes. Os nomes dos suspeitos já foram passados para a polícia e eles serão demitidos da concessionária lá do Porto”, disse o prefeito.
Foi enterrado na tarde de ontem no Cemitério de Inhaúma, no subúrbio do Rio, Amaro Tavares, de 40 anos, professor que ministrava o curso de TI em um dos prédios. A família não permitiu que imprensa acompanhasse do cortejo. Amaro deixou esposa e dois filhos. O caixão foi envolvido com uma bandeira do Vasco. Pela manhã, o corpo do analista de sistema Gustavo da Costa Cunha, de 34 anos, foi sepultado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste.
Saiba mais
Parentes das vítimas estão recebendo orientações de como retirar documentos, como certidões de óbito, por exemplo, segundo informação do secretário de Assistência Social do município, Rodrigo Bethlem.
“Estamos orientando como fazer a retirada de documentos. Eles também contam com assistência de médicos e psicólogos o tempo todo”, disse Bethlem.
Desde ontem, a avenida Treze de Maio, endereço dos três prédios que desabaram, é reaberta para circulação apenas de pedestres, no entanto permanece fechada para fluxo de veículos.
Para evitar a concentração de curiosos, o local da tragédia foi cercado por tapumes. Já a avenida Almirante Barroso e a rua Senador Dantas, serão reabertas. Antes estavam fechadas para veículos.
Fonte: O Povo
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